quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

A PEDRA NO CAMINHO


https://www.youtube.com/watch?v=fGqqcPcq2BQ

textos para a sala de aula

                                       A HISTÓRIA DO LÁPIS

             O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
             Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim? A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
             Estou escrevendo sobre você; é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
              O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
              Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
              "Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma MÃO que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e ele deve sempre conduzi-lo em direção à sua vontade".
              "Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor".
              "Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.
              "Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você".
              "Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".
                                                                                                              Paulo Coelho

                           


                               Tempo bom na escola
Assim, quando fiz sete anos, vó Luzia me apontou e disse:
- Ta na hora dele entrar na escola.
Minha mãe vendeu o guarda-comida, comprou cartilha, caderno, lápis e tudo mais, pano para duas camisas brancas, para a calça azul; só faltou o calçado. Não fez diferença, quase todos os meninos iam de pé no chão.
A escola era uma sala ao lado da máquina de beneficiar café, trinta carteiras, a escrivaninha da professora e um quadro-negro que tomava a parede inteira. Dona Carolina vinha da cidade para dar aulas, na charrete da fazenda que às quatro horas a levava de volta, trazia os jornais da fazenda e a correspondência do patrão.
O filho do campeiro, moleque encapetado, logo inventou de chamar dona Carolina de “dona Creolina”. Como o nome dele era Raimundo ela botou nele o apelido de Viramundo; daí ele parou com aquela besteira.
Para mim a escola foi um tempo bom; eu pensava “enquanto estiver aqui não tem perigo de me mandarem pra roça”. Enchi cadernos e mais cadernos; eu apreciava ver as letras saírem redondinhas do meu lápis:
- Professora, e quando acabar a cartilha?
- Quando acabar a cartilha você já saberá ler.
- Vou poder ler gibi? Histórias em quadrinhos?
- Vai.
- O caso é que não tenho dinheiro para comprar.
Toda a classe riu; a professora também:
- Então, todo dia em que ler corretamente, trago uma dessas revistinhas para você.
- Verdade? Promete mesmo?
- Prometo.
Foi um tempo bom o da escola; apesar da palavra “carestia” sempre presente nas prosas dos mais velhos, fosse na casa do vizinho, fosse na nossa.
Acabei o primeiro ano, fiz o segundo e quando estava pra lá do meio do terceiro, em setembro, com as chuvas e o começo das plantações, uma noite, depois de muito cochichar com vó Luzia e a mãe mais triste, vô Juvenal tocou no meu braço e, quando olhei, ele disse:
- Neguito, amanhã cedo você vai com nós para a roça. A carestia... a carestia vai obrigar você a trabalhar com a gente... Tenho muita pena, meu filho, mas acabou-se a folgança da escola...
Sentado no degrau da cozinha, o prato de arroz com feijão sobre os joelhos, senti um nó na garganta, uma revolta que brotava do coração, queria arrebentar em soluços.
Do outro lado, na casa do vizinho, seu Venerando criou coragem, disse para o filho menor, meu colega na escola:
- Você também, Zezinho, amanhã começa a trabalhar na enxada.
Do lado de cá até que me senti melhor: “não estou sozinho na minha tristeza”. Olhei para minha avó, na beira do fogão – coava um café ralo – a mãe a chorar na porta da sala e o avô ali em pé, como à espera de uma palavra amiga.
- Não tem problema, vô. Não tem problema... Respondi, enquanto que o meu peito parecia crescer cheio de responsabilidade.
Adaptado de Lucília Junqueira de Prado.  De sol a sol.
Belo Horizonte, Comunicação, 1980.

AULA DE LEITURA
                                                        Ricardo Azevedo



A leitura é muito mais
do que decifrar palavras
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender

vai ler nas folhas do chão
se é outono ou verão;

nas ondas soltas do mar
se é hora de navegar;

e no jeito da pessoa
se trabalha ou se é à-toa

na cara do lutador,
quando está sentindo dor;

vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;

e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;

e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou se vai lento;

e também no calor da fruta,
e no cheiro da comida,

e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,

e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,

vai ler nas nuvens no céu,
vai ler na palma da mão,

vai ler até nas estrelas,
e no som do coração.

Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos tem segredos
difíceis de decifrar.

Continho
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigário a cavalo.
— Você, aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé.
     MENDES CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler - Crônicas. São Paulo: Ática, 1996, v. 1 p. 76.


atividade avaliativa resolvida

Avaliação de Língua Portuguesa – valor 10,0
PRÁTICA DE LEITURA E ANÁLISE LINGUÍSTICA
Texto 1:                                   O hábito da leitura
“A criança é o pai do homem”. A frase, do poeta inglês William Wordsworth, ensina que o adulto conserva e amplia qualidades e defeitos que adquiriu quando criança. Tudo que se torna um hábito dificilmente é deixado. Assim, a leitura poderia ser uma mania prazerosa, um passatempo.
Você, coleguinha, pode descobrir várias coisas, viajar por vários lugares, conhecer várias pessoas, e adquirir muitas experiências enquanto lê um livro, jornal, gibi, revista, cartazes de rua e até bula de remédio. Dia 25 de janeiro foi o dia do Carteiro. Ele leva ao mundo inteiro várias notícias, intimações, saudades, respostas, mas tudo isso só existe por causa do hábito da leitura. E aí, vamos participar de um projeto de leitura?                                                          
                                                          CORREIO BRAZILIENSE, Brasília, 31 de janeiro de 2004, p. 7.
1.    De acordo com as características do texto O hábito da leitura, você pode afirmar que leu: valor (0,2)
(    ) um texto poético       (    ) um texto informativo     (    ) um texto narrativo

2.    O texto fala principalmente sobre: valor (0,2)
(   ) A importância de participar de um projeto de leitura
(   ) A importância de manter o hábito de leitura
(   ) A obrigação de ler para adquirir conhecimentos

3.    Responda as questões com base no texto 1.
a)    Reescreva o trecho do texto em que o escritor apresenta os benefícios que a leitura traz para a vida de um leitor. Valor (0,3)
      Você, coleguinha, pode descobrir várias coisas, viajar por vários lugares, conhecer várias pessoas, e adquirir muitas experiências enquanto lê um livro, jornal, gibi, revista, cartazes de rua e até bula de remédio.
b)    Quando o escritor diz “Você, coleguinha, pode descobrir várias coisas...” com quem ele fala? Valor (0,3)
Ele fala com o leitor
c)    Qual das palavras abaixo, melhor identificam os sentidos da palavra HÁBITO? Valor (0,2)
      ( X ) costume      (    ) tradição      ( X ) mania       (    ) vontade      (    ) rotina

4.     Sobre a pergunta no final do texto, responda: valor (0,6)
a)    A quem, provavelmente, se dirige?
Dirige-se às crianças
b)    A pergunta funciona como:
(   ) um recado           (   ) um convite          (   ) uma dúvida
c)    E você, qual resposta daria para essa pergunta?
Sim, (justificativa)   ou Não, (justificativa)
5.    No trecho “Ele leva ao mundo inteiro”, a palavra destacada refere-se ao: valor (0,2)
               (   ) carteiro            (   ) jornal                (   ) livro             (   ) poeta

6.    No texto, que palavra representa ação que o carteiro realiza? Valor (0,3)
A palavra “leva”

Texto 2:                ALUNA DA 6.ª SÉRIE LEU 230 LIVROS NESTE ANO
Professores da escola no interior de SP fazem a contagem.
A estudante Tainá Alves dos Santos, 12 anos, da 6.ª série, já leu 230 livros só neste ano. A marca foi registrada em sua escola, na cidade de Catanduva, interior de São Paulo.
            “Gosto de aventura, poesia, romance, suspense”, conta Tainá.
Mas depois de duas centenas de livros ainda dá para lembrar de alguma história? Ela garante que sim: “Sempre fica na memória”, diz.
            A adolescente estuda na escola estadual Jardim Imperial e a diretora da instituição, Veranice Aparecida More Zuri, afirma que o colégio sempre teve a preocupação de estimular a leitura. Recentemente, adotou um projeto chamado de Centopeia, para estimular os estudantes a se tornarem leitores.
            O funcionamento é bem simples: “A cada leitura, os estudantes fazem uma resenha e entregam para o professor. Na aula de educação artística, eles ganharam uma cartolina com a cabeça de uma centopeia. Depois de uma obra lida, o jovem acrescenta uma bolinha no corpo da centopeia”, explica.
            A iniciativa parece ter dado resultado – tanto é que o corpo da centopeia de Tainá já dá várias voltas na cartolina. “Se estivesse esticada ela estaria enorme”, diz a menina, que se tornou celebridade no colégio. “Ela de repente virou importante”, diz a diretora.
            Ler tanto assim ajuda na escola? “Para a redação eu tenho muito mais ideia”, afirma a estudante. Até mesmo entre os colegas, diz a diretora, há uma competição saudável para ver o corpo da centopeia crescer.
            O livro que mais gosta é o “Mano descobre o amor”, uma historinha sobre dois amigos que conversam pela internet. “A história fala de um amigo que ajuda o outro a sair das drogas”, aponta Tainá. “Ler é muito interessante, porque não parece que a gente está lendo, parece que está vivendo.”
Fonte: HARNICK, Simone. Aluna da 6.ª série leu... Portal G1, São Paulo, 12 nov. 2008.
7.    O título “Aluna da 6.ª série leu 230 livros neste ano” nos faz perceber que este texto pode ser classificado como: valor (0,2)

a)    ( X ) reportagem      b) (    ) entrevista       c) (    ) noticiário      d) (    ) história
   
8.    Com base nas informações do texto, responda as questões. Valor (1,8)

a)    Qual o nome completo da aluna a que o título do texto se refere?
________________________________________________________________________________________________________________________
b)    Por que essa garota ficou tão famosa?
________________________________________________________________________________________________________________________
c)    A escola da garota adotou um projeto para estimular a leitura dos estudantes. Qual era o nome desse projeto?
Projeto Centopeia
d)    Pinte com uma cor de sua preferência a parte do texto que explica como esse projeto funciona.
“A cada leitura, os estudantes fazem uma resenha e entregam para o professor. Na aula de educação artística, eles ganharam uma cartolina com a cabeça de uma centopeia. Depois de uma obra lida, o jovem acrescenta uma bolinha no corpo da centopeia”.
e)    No último parágrafo desse texto a garota revela porque ela gosta tanto de ler. Reescreva nas linhas abaixo o que diz a garota.
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f)     O livro que Tainá mais gosta de ler é “Mano descobre o amor”. E você, de qual livro você gosta mais?
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9.    Os textos 1 e 2 tratam de um assunto em comum. Qual é esse assunto? Valor (0,3)
____________________________________________________________________________________________________________________________
10.  Você também acredita que cultivar o hábito ler da leitura é importante? Explique. Valor (0,3)
Resposta provável: Sim. A leitura nos possibilita conhecer o mundo sem sair do lugar, adquirir novas experiências, melhorar a escrita, enriquece o vocabulário.  
11.  Leia divirta-se e responda.
O Desenhista
 A professora pegou Joãozinho na sala de aula desenhando caricaturas de seus amiguinhos. Tomou seu caderno e disse:
– Vamos mostrar para a diretora e ver o que ela acha disso!
Chegando na sala da diretora, após esta olhar com atenção para os desenhos, exclamou:
– Muito bonito isso, não é, seu Joãozinho?
Respondeu Joãozinho com a maior naturalidade do mundo:
– Bonito e bem desenhado. Na verdade, eu sempre soube que era um grande artista, mas a modéstia me impedia de falar sobre o assunto. Mas agora, vindo da senhora, sei que é sincero, por isso fico muito contente!
                                                                        sitededicas.uol.com.br, 19 de maio de 2008.
a)    O que Joãozinho estava desenhando? Valor (0,2)
(   ) A professora     ( X ) Os amiguinhos    (    ) A diretora    (   ) Os artistas.
b)    Encontre no texto a expressão que indica o lugar em que se passa a situação de Joãozinho e escreva. Valor (0,2)
_______________________________________________________________
c)    Usamos os sinais de pontuação para organizar ideias e dar entendimento ao texto. Sobre isso, responda: valor (0,4)
J Quais sinais de pontuação aparecem no texto?
Ponto final, dois pontos, travessão, exclamação, interrogação, vírgula.

J O travessão aparece três vezes no texto. Para que ele é usado?
O travessão é usado para marcar o início das falas; ou iniciar falas.
 
d)    Retire do texto uma palavras que seja substantivo: valor (0,8)
J Trissílaba- caderno/artista/assunto
J Dissílaba – sala/aula/mundo
J Polissílaba – professora/amiguinhos/diretora/naturalidade/
J No diminutivo – amiguinhos/Joãozinho
J Próprio - Joãozinho
J Comum – (todos os citados acima, exceto o classificado como próprio)
J No plural - amiguinhos
J Com dígrafo – assunto/ professora/amiguinhos/ Joãozinho
12.  Em sua opinião, qual foi a sensação do Joãozinho quando a professora disse ia mostrar o desenho para a diretora? Responda usando uma interjeição. Valor (0,3)
Resposta provável: Hiii! Sujou!
13.  Releia o último parágrafo do texto e responda:
– Bonito e bem desenhado. Na verdade, eu sempre soube que era um grande artista, mas a modéstia me impedia de falar sobre o assunto. Mas agora, vindo da senhora, sei que é sincero, por isso fico muito contente!

a)    Quais palavras são características empregadas ao desenho que Joãozinho fez? Valor (0,4)
Bonito e bem desenhado
14.  Em: “Respondeu Joãozinho com a maior naturalidade do mundo” o verbo destacado indica: valor (0,2)
(     ) estado        (    ) ação       (    ) fenômeno da natureza

15.  Observe as palavras destacadas no trecho abaixo: valor (0,6)

“A professora pegou Joãozinho na sala de aula desenhando caricaturas de seus amiguinhos. Tomou seu caderno e disse (...)”

a)    As palavras destacadas são ações que expressão o tempo:
(    ) presente     (    ) passado       (    ) futuro

b)    Reescreva este trecho passando as ações para o tempo presente.
“A professora pega Joãozinho na sala de aula desenhando caricaturas de seus amiguinhos. Toma seu caderno e diz (...)”
c)    Qual a classe gramatical das palavras que representam ação?
verbo
16.  Circule os verbos nas frases e arrume-os no quadro a seguir. Valor (0,4)
a) Joãozinho gosta de estudar.
b) Tainá adora ler e incentiva os colegas.
c) Os alunos ficaram encantados com o projeto de leitura.
d) Praticar a leitura possibilitará conhecer.

Presente
Passado
Futuro
Forma infinitiva
Gosta
Ficaram
Possibilitará
Estudar
Adora


Praticar
Incentiva


Conhecer


PRÁTICA DE PRODUÇÃO
17.  Leia a mensagem e escolha um dos verbos que aparecem nela para formular uma frase bem criativa. Valor (0,3)

Pergaminho horizontal: LER É VIAJAR E EXERCITAR A MENTE. É CONHECER O TODO MUNDO SEM SAIR DO LUGAR!
 




           
(pessoal)

               J  Fique de olho na ortografia das palavras e continue escrevendo. Valor (0,6)

Palavras com X e  som de Z como exercitar
Palavras com dígrafo como  conhecer
Palavras com N antes das consoantes como mente e mundo

som de z, mas escrita com x





Palavras escritas com nh

Escritas com n no fim de sílaba
                                              
18.  Com base nos texto 1 e 2 escreva um pequeno texto sobre a importância da leitura em sua vida. Atenção! Seu texto deve ser organizado em versos e estrofes e apresentar rimas. Valor (0,6)